sábado, 19 de junho de 2010

When time stops just to watch you


Acho incomum a facilidade com que mudamos nosso humor, ainda mais quando é devido a qualquer fato extra-sensorial. Um doce, um local, o clima, essas coisas simples muitas vezes nos marcam e se tornam fáceis portais a cenas ou sentimentos que nos acalmam a alma e rapidamente mudam nosso humor, maioria dos casos pra melhor.

Mas em meio a esse mar de coisas, cheiros e texturas que nos acalentam e arrebatam existe um diferencial, um ser vivo, outro humano. Humano esse que em muitos casos sequer trocamos uma palavra com tal, que buscamos informações e nutrimos um amor secreto e belo... O nosso amor platônico, aquela pessoa que colocamos em um pedestal, ovacionamos a beleza, desejamos veemente. Por causa de tal pessoa somos capazes de coisas inimagináveis, invejamos aqueles que estão onde sonhamos estar, santificamos nosso amor e não vemos defeitos no mais imperfeito dos seres.

Por incontáveis vezes, tentamos nos moldar, ser notado, mudamos nossa rota e o que mais nos passar pela cabeça em busca de um pouco de atenção. Sabemos bem lá no fundo do que foi delimitado, das dificuldades e de como nossas chances são próximas a falta de chances. Sendo assim, somos tão ingênuos a ponto de pedir apenas a amizade de tal pessoa, a convivência como amigo seria o suficiente para calar esse grito de amor em nosso peito.

Todavia, voltado ao assunto inicial, é deveras incomum como só ao ver aquela pessoa nosso humor muda, o mundo se colore, nosso coração acelera, sem que sequer conversemos com tal certo de imensa beleza. Esse acontecimento fora comum - que talvez seja bem comum na realidade - é reconfortante ainda mais em dias, ou melhor, semanas em que tudo dá errado e no final das contas você só precisaria de uma bebida, um ombro amigo ou pegar alguém pra se esquecer de tudo de ruim pelo o que passou.

Só que devido ao sentimento secreto que se nutre por tal pessoa vê-la pessoalmente torna tudo tão fútil e descartável que às vezes eu chego a me envergonhar por achar ter achado algo ruim. Essa coisa indescritível e avassaladora que simplesmente minimiza a importância do resto do mundo, esse singelo e discreto - porém, muita gratificante nessa ocasião - amor platônico.

Platônico - Lyse

Mesmo sabendo que não vai rolar
Que os seus lábios não vão me beijar
Me atrevo a dizer, que sou somente seu
E se um dia puder te tocar
Juro que faço tudo pra provar
e te recompensar, com todo o sabor

Do beijo, que se eu puder te dar
Aceito, recusa ao falar
Mas no peito, eu quero ver pulsar
um coração, tão puro quanto o olhar

Mesmo de longe, quero te acompanhar
A vida é curta pra gente desperdiçar
Vivo o momento, mesmo sem te abraçar
Porque o que eu sinto é maior que você
possa imaginar

E quem diria que eu pudesse dar
A minha vida só pra não deixar
Nada te atormentar, e nem ao menos eu
Queria ver você se machucar
Sem que antes eu pudesse te provar
Que eu não sei viver, sem sentir seu calor

E eu não entendo, por que não arriscar?
Tenho tempo, só pra te idolatrar
Com sorrisos, e abraços pra curar
Qualquer coisa, que vá te chatear

Mesmo de longe, quero te acompanhar
A vida é curta pra gente desperdiçar
Vivo o momento, mesmo sem te abraçar
Porque o que eu sinto é maior que você
possa imaginar

quarta-feira, 2 de junho de 2010

"It is not expected to arrive at the right person, if a person chooses and says she is right."

Normalmente se nutre algum sentimento por qualquer pessoa... Seja amizade, afeto, compaixão, inveja, raiva ou quaisquer outros, bom ou ruim... Mas sempre se sente algo, é parte central do ser humano essa palavra, esse verbo, o que provavelmente melhor define essa espécie: Sentir.

Não que seja algo ruim ou o qual devemos evitar, muito pelo contrario isso nos diferencia do resto dos seres vivos. O modo, a intensidade e o sentimento especificamente que sentimos nos difere uns dos outros, nos torna mais únicos e belos.
Só que é estranho falar de sentimentos, eles são coisas fenomenais que mexem com todo o nosso organismo, mudam nossas idéias, inibem nossos limites... Fazemos tudo e mais um pouco quando sentimos algo.

Um dos sentimentos, quiçá, o mais profundo, visceral, mortal, dominante, singelo e belo de todos é o tal do amor. Ele é tão falado e tão importante por que na maioria das vezes ele vem assim, simplesmente do nada, você olha pra um lado e pro outro e quando vê, quando se dá por si... Já tem uma pessoa a qual você ama, a qual tem uma importância incomum e nada, nem ninguém é capaz de minimizar a posição dessa pessoa. Mas tudo tem um fim - são raros os casos que não - após todo aquele processo de autocrítica, auto-culpa... Eu, como azarado que sou passo mais tempo nesse processo, afinal, eu não sou um daqueles raros casos que duram até a morte alheia. Sendo assim, pode até parecer prepotência, só escrevo sobre essas partes nada legais.


Todavia, o negocio é seguir em frente... Mas é irritante isso, esse outro processo de tentar colocar uma pessoa no lugar daquela ou pelo menos nutrir essa nova pessoa um sentimento que seja infimamente parecido com aquele, aquele sentimento que ainda nos assola. Então, falhamos, não conseguimos atingir esse simples objetivo e vemos que talvez essa tentativa tenha sido pura perda de tempo, pensamos que lutamos em vão... Algumas pessoas extremizam e voltam para aquele outro processo - o qual muitos, inclusive eu, chamam de fossa - Outras, como eu perdem um dia de sua vida achando que talvez perdeu a pessoa certa, aquela com a qual poderia viver a eternidade se ambos fossem deuses ou que nasceu pra ficar sozinho mesmo e que o jeito é ir pro bar mais próximo tentando esquecer.

Porém, não tentamos esquecer aquela pessoa, tentamos esquecer o sentimento... O AMOR! É claro que o sentimento brota devida aquela pessoa em especial, mas após certo tempo ele parece ser mais nosso, ser algo mais egoísta, por que nos somos que sentimos toda essa intensidade que nos tira do serio, nos permite fazer coisas que antes nos limitaríamos a fazer.

Meu ideal seria escrever apenas pra demonstrar que eu não falo de amor, por que não se fala de sentimentos, você sente-os...
Assim como eu sinto...
Ah! Eu sinto...

Little Things - The Icarus Account

Eu vi você andar, para longe hoje
Eu imagino se, você pensou em ficar

Lembre-se de quando você ficou acordada
Viu o sol nascer
Pintando todas as cores brilhantes
Nós tinhamos tudo, nós éramos os melhores amantes

Agora eu estou longe de você
Mas eu não vou esquecer
As pequenas coisas que você faz

Eu encontrei o bilhete, que você deixou para mim
Então eu o abri, e comecei a ler

Dizia, "Amor, eu sinto sua falta
eu espero que você saiba que não te esquecerei
mesmo que estejamos em mundos distantes
Eu sempre serei sua garota
E isso é pra sempre"

Todo o meu amor é para você
Eu não esquecerei
As pequenas coisas que você faz

Lembre-se de quando ficou acordada
Viu o sol nascer
Pintando todos os céus brilhantes
Eu tinha tudo quando você estava aqui do meu lado

Eu sinto sua falta e das pequenas coisas que você faz